O excesso de peso é um problema de saúde mundial e tem várias consequências graves, principalmente quando se diz respeito à longevidade. A adiposidade excessiva causa resistência à insulina e inflamação, além de alterações metabólicas e hormonais que aumentam o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, câncer, neurodegeneração e sobrecarga das articulações, e aceleram o processo de envelhecimento. Mesmo tendo um peso adequado, se houver acúmulo de gordura abdominal significativa, já é um risco para o desenvolvimento de doenças, que podem interferir negativamente na qualidade de vida.
A prática regular de exercícios pode reduzir os impactos adversos do sobrepeso e da obesidade na saúde, mas não elimina completamente os efeitos adversos dessas condições sobre o risco de doenças. Da mesma forma, ser magro não neutraliza inteiramente os riscos de saúde associados ao sedentarismo.
É importante evitarmos os extremos: tanto o excesso de peso, principalmente o acúmulo de gordura na região abdominal, assim como o baixo peso. A classificação do estado nutricional - baixo peso, peso adequado, sobrepeso ou obesidade -, por meio do cálculo do IMC (índice de massa corporal) utilizado em estudos científicos pode apresentar um viés de erro quando tratamos do peso individual.
Podemos ter um peso mais alto, porém com grande quantidade de massa muscular e gordura normal, ou termos um peso baixo, porém com alta quantidade de gordura e massa muscular baixa. Portanto, nem sempre o peso mais baixo é o mais saudável. O ideal é uma avaliação individual com seu nutricionista ou educador físico.
Para aumentarmos a chance de uma longevidade ativa e diminuirmos o risco de desenvolvimento de doenças, é necessário ter autocuidado, manter uma rotina de exercícios, melhorando a composição corporal ao longo dos anos, sem excesso de gordura abdominal, aliado a uma alimentação saudável, controle de estresse e evitando fumo e bebida alcoólica.
Procure sempre orientação profissional especializada de nutricionistas, educadores físicos e psicólogos antes de fazer alterações na sua alimentação ou prática de exercícios, e acompanhamento psicológico para autoconhecimento e manejo do estresse ou ansiedade. O cuidado deve ser sempre individualizado e adaptado ao seu caso.