Estima-se que no mundo 1 bilhão de pessoas tenham níveis inadequados de vitamina D. A deficiência dessa vitamina não depende de raça ou idade, atinge toda a população (1,2,3). Historicamente a deficiência de vitamina D tem sido associada ao desenvolvimento de doenças ósseas por ser essencial para maior absorção do cálcio no intestino, mineral essencial para manutenção da saúde óssea (4). Osteoporose e fraturas são exemplos de condições causadas pela deficiência de vitamina D, bem como a perda da força muscular 5.
A partir da última década, estudos evidenciaram que a deficiência em vitamina D, além de estar relacionada com a saúde óssea, também pode acarretar em uma maior propensão para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer 6, doenças cardiovasculares 7, desordens metabólicas 8 e doenças autoimunes 9,10, além de ter associação com o aumento de mortalidade 11.
Dessa forma, fica ainda mais evidente a importância da manutenção de níveis adequados da vitamina D para auxílio na redução do risco das doenças já citadas. A vitamina D é difícil de ser encontrada em alimentos e alguns poucos alimentos que contêm vitamina D são salmão, atum, bacalhau e cogumelo tipo shitake. Por isso é tão importante a exposição solar, pois esta é a principal fonte de vitamina D 12. No entanto, é essencial evitar a exposição solar entre 10 e 15 horas (no horário de verão, entre 11 e 16 horas), é recomendado o uso de filtro solar diário, e fazer a reaplicação a cada 2 horas de exposição solar. Porém, diversos fatores reduzem a síntese de vitamina D na exposição solar, inclusive o uso de filtro 3. Poucos minutos exposto ao sol da manhã ou do fim da tarde podem ser suficientes para síntese adequada de vitamina D 13. Não é recomendada a exposição indiscriminada ao sol sem o uso de filtro solar 13. Como há variáveis em relação à exposição solar e vitamina D é importante seguir a recomendação médica e nutricional quanto às indicações individuais para a vitamina D.