A vida moderna com rápidos avanços tecnológicos, exposição contínua a estímulos, poluição visual e sonora, excesso de trabalho e desafios sociais levou ao desenvolvimento de doenças da modernidade associadas à saúde mental. Nas últimas décadas houve um aumento significativo de doenças mentais, incluindo ansiedade, depressão, distúrbios cognitivos e do sono, que podem reduzir a expectativa e qualidade de vida.
Antigamente definia-se “saúde mental” exclusivamente pela ausência de doenças mentais. Nas últimas décadas, um novo conceito de saúde mental surgiu, atendendo melhor às nossas expectativas: ela é mais bem definida pelo bem-estar, e não somente pela ausência de doença. E hoje nós temos fatores ambientais modificáveis que podem interferir positiva ou negativamente na saúde mental.
Estima-se que o padrão alimentar moderno, chamado de “dieta ocidental”, seja atualmente o fator de risco mais importante para doenças não transmissíveis - como obesidade e doenças cardiovasculares-, mas também um potencial causador das doenças mentais.
Esse estilo de dieta é caracterizado por um alto consumo de alimentos ultraprocessados com grande quantidade de calorias, açúcares refinados, gorduras trans e excesso de sódio, que contribuem para um quadro de inflamação neuronal, e o escasso consumo de alimentos de origem vegetal, acompanhado de um desequilíbrio entre o consumo de calorias e seu gasto com a atividade física regular.
Temos vários nutrientes envolvidos na saúde mental, que não estão presentes em abundância na dieta ocidental:
- Aminoácido como triptofano, encontrado em peixes, ovos, castanhas, leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico), laticínios, aveia e mel, tem papel fundamental para o funcionamento cerebral, reduzindo estresse e fadiga, e melhorando sono;
- Antioxidantes como ômega 3, encontrado nos óleos de peixes de águas profundas, como salmão, sardinha e arenque, na linhaça e azeite extra virgem, além de compostos bioativos de folhas verdes, nozes, grãos integrais e frutas vermelhas por exemplo, funcionam como mediadores antiinflamatórios, modulam o humor e sono, e estão associados à redução do declínio cognitivo.
Portanto, precisamos estar atentos e reconhecer os primeiros sintomas de grande ansiedade, sintomas depressivos, alterações de sono ou cognição, buscar ajuda profissional especializada para identificar quais são os fatores de risco potenciais - incluindo sedentarismo e avaliação da qualidade da sua alimentação - e intervir o mais rapidamente para prevenir a evolução do quadro, evitando possível prejuízo na qualidade de vida e longevidade.
Busque melhorar e valorizar a sua saúde mental, aumentar o seu bem-estar com hábitos saudáveis, ter satisfação pela vida, realizar desafios pessoais e ter uma espiritualidade que dê sentido a sua vida. Afinal, todos queremos qualidade de vida, saúde e longevidade ativa, não é mesmo?