De uma coisa não conseguimos fugir: nosso processo natural de amadurecimento e as mudanças no nosso corpo. Homens e mulheres vão passando por alterações corporais que afetam não só a aparência, mas também habilidades físicas que podem gerar limitações futuras. A boa notícia é que, felizmente, essas alterações podem ser retardadas se tiverem um estilo de vida saudável.
Com o passar dos anos, é natural perdermos massa muscular e óssea, afetando a função muscular. Vários fatores influenciam na velocidade dessa perda tecidual e de função, como:
- Quantidade de massa muscular e óssea adquirida ao longo da vida;
- Metabolismo;
- Quantidade de gordura corporal;
- Inatividade física;
- Baixa ingestão de proteína e cálcio;
- Deficiência de vitamina D;
- Baixo peso;
- Fumo;
- Consumo excessivo de álcool;
- Alterações hormonais (como resistência à insulina ou de hormônios sexuais, por exemplo);
- Uso de esteroides;
- Ativação neural.
O pico de saúde muscular e óssea se dá no início da fase adulta, e começa a declinar. A partir dessa idade, a taxa de perda da massa muscular é de 1 a 2% ao ano a partir dos 50 anos de idade, e da força muscular de 1,5% a 3%.
A perda de massa óssea também ocorre, porém nas mulheres que estão no período pós-menopausa, se soma mais 1 a 2% à taxa de perda, se comparada aos homens devido à queda dos níveis de estrogênio.
A boa notícia é que estudos mostram que as influências ambientais como alimentação saudável - adequada principalmente em proteínas, cálcio e vitamina D-, e exercício físico, conseguem superar positivamente a genética associada à perda óssea.
Outra alteração comum ao longo do tempo, é o ganho de gordura, principalmente visceral e intramuscular. Muitas vezes o peso corporal pode ser mantido, porém com perda de massa muscular e ganho de gordura. A obesidade está ligada à inflamação, ativando mais vias de degradação, que pode acelerar ainda mais a perda muscular. Isto pode ser agravado quando associado ao sedentarismo.
O processo de envelhecimento gera perdas que podem impactar na qualidade de vida. Portanto, se quisermos retardar essas alterações características e termos uma longevidade ativa e saudável, precisamos cuidar da alimentação, praticar exercícios regularmente e fazer check up periodicamente para avaliação clínica e laboratorial sobre o estado de saúde e direcionar as intervenções necessárias.